O médico oftalmologista Elissandro Lindoso é o mais novo doutor da Universidade Federal São Paulo – Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), um dos centros de excelência na formação e titulação de profissionais na área da saúde no Brasil.
A tese de doutorado teve nos objetivos comparar duas técnicas de transplante de córnea em pacientes com ceratocone: a convencional que utiliza lâminas cortantes; e uma inovadora, que utiliza um tipo de laser (laser de femtosegundo) para cortar a córnea.
O público-foco da tese foi pacientes maiores de 18 anos de ambos os sexos, sem doenças oculares associadas que pudessem de algum modo influenciar o resultado visual, a exemplo, glaucoma. Os pacientes eram portadores de ceratocone com indicação de transplante de córnea. Todos tiveram de assinar um termo de consentimento livre e esclarecido a respeito de tratamento.
Dentre os resultados, os pacientes operados com a técnica à laser apresentaram uma melhor acuidade visual em todos os momentos de avaliação ( o seguimento foi de 12 meses) em comparação com os pacientes operados com a técnica convencional.
“Essa diferença pode ter ocorrido por uma melhor regularidade de superfície observada nos olhos operados com o laser, resultando em uma menor quantidade de astigmatismo irregular encontrada nestes”, disse o oftalmologista.
A banca examinadora aprovou o oftalmologista por unanimidade. Dr. Elissandro Lindoso é um dos proprietários do Instituto da Visão de Osasco (IVO).
Ceratocone
O ceratocone é uma doença corneana, que provoca ectasia e diminuição da acuidade visual, sendo uma das principais indicações de transplante de córnea no mundo. Atualmente, pode-se utilizar como alternativa terapêutica ao transplante penetrante de córnea convencional, o transplante com o laser, na tentativa de diminuir complicações e melhorar a recuperação visual.