A Secretaria de Meio Ambiente (Sema), da Prefeitura de Osasco, contribuiu com 100 árvores, entre ipês, quaresmeiras e bauhinias, plantadas em memória aos mais de 1.500.000 mortos em cerimônia do centenário do genocídio Armênio. O evento ocorreu neste sábado, 25/4, no Estádio Municipal Elzo Piteri, na Vila Yolanda. Hoje vivem no Brasil quase 100 mil armênios, descendentes diretos de famílias vítimas do massacre e da perseguição dos turcos, em 1915.
Dentre os participantes o prefeito de Osasco, Jorge Lapas, Carlos Marx, secretário de Meio Ambiente, o presidente da Comunidade Armênia de Osasco, Paulo Moisés Alterbarmakian, o embaixador da República Armênia no Brasil, Ashot Galoyan, o pároco da Igreja Apostólica Armênia São João Batista, Arcipreste Boghod Baronian.
Em sua fala, Ashot Galoyan agradeceu a todos por transmitir o legado, a cultura e os valores do povo armênio para os brasileiros. “Quero manifestar a gratidão neste século XXI para o reconhecimento e justiça do genocídio. Esse sentimento que move o coração de cada armênio e descendente na busca por seus direitos históricos”, declarou.
Paulo Moisés Alterbarmakian pediu ao prefeito Jorge Lapas para intervir junto ao governo federal para que o genocídio seja reconhecido pelo Brasil.
“Rememorar o genocídio é um alerta para que a humanidade jamais permita novamente tamanha atrocidade. Relembrar é uma maneira de demonstrar para a sociedade que a vida é muito mais importante do que qualquer poder temporal, diferenças religiosas ou étnicas e, que, reverenciar as vítimas deste massacre impiedoso e desumano torna-se um gesto ímpar e simbólico para aqueles que lutam pela paz”, destacou o prefeito Lapas em seu discurso.
“Podemos considerar o genocídio como o primeiro grande crime contra a humanidade. O plantio de 100 árvores, simbolizando os 100 anos de genocídio, também é uma maneira de não nos esquecermos e de nos educar, e educar nossos filhos, para uma cultura de paz e de respeito aos direitos humanos e, assim, evitar que tragédias como esta aconteçam”, disse Carlos Marx.
Houve, ainda, apresentação do Coral da Igreja Apostólica Armênia local e a soltura de 1.500 balões em homenagem aos mártires do genocídio, que totalizam mais de um milhão e meio de armênios mortos entre 1915 e 1917, durante a Primeira Guerra Mundial pelo Império Otomano, atual Turquia.