O Partido Verde de São Paulo (PV 43) realizou sua convenção estadual neste domingo (22/10) no auditório Paulo Kobayashi, da Assembleia Legislativa (Alesp), na capital paulista. Lideranças estaduais e municipais da legenda foram uníssonas nos discursos em dois principais pontos: a união partidária e o empenho nas eleições municipais de 2024. Na oportunidade foi feita a eleição dos membros do novo diretório da nova executiva estadual e dos Delegados para a Convenção Nacional.
Após as boas-vindas, Marcos Belizário, presidente Estadual da sigla, falou do processo de chamamento e composição de chapas. Sublinhou que cada município tem sua realidade.
“O PV do Estado de São Paulo, federado com o PT e o PCdoB tem, hoje, como meta crescer e avançar, superando suas dificuldades e diferenças. O PV, no Brasil, por questão de sobrevivência, teve de federar mesmo com algumas concordâncias e divergências. Agora, temos de reconstruir o partido, sobretudo, em nosso Estado e fazer as melhores eleições municipais possíveis no ano que vem. Agradeço a todos que fizeram parte dessa executiva. Desejo muito sucesso à nova direção”, disse Belizário.
Os desafios são muitos e diversificados, por isso, os pré-candidatos e pré-candidatas aos cargos do próximo pleito devem ampliar habilidades para conversar e unir vários setores tanto em entorno de cada candidatura quanto para fortalecer o partido (no município, na região e no Estado).
José Luiz de França Penna, presidente Nacional do PV, iniciou sua fala dizendo não se cansar de repetir que devemos construir a paz. “Elogio o PV de São Paulo que fez a diferença. Tivemos dois processos não elogiáveis um na Rede, com Marina Silva, e o outro com o Cidadania com o afastamento de Roberto Freire. O PV também dá exemplo para o Brasil e para o mundo se contrapondo à violência. Todas as correntes apoiam as questões socioambientais e isso é ponto positivo para nós verdes. A fome é a pior das consequências das crises ambientais e estamos trabalhando para diminuir a distância econômica entre as pessoas. O PV se prepara para novas investidas com a nova direção da legenda em São Paulo elegendo o Beto Tricoli para presidente”, resumiu Penna.
A advogada Vera Motta falou da importância da mulher na política, de sua ocupação no trabalho, na economia e ressaltou que “conhecimento não tem sexo”. Completou dizendo que “o primeiro meio ambiente que conhecemos é a barriga de nossa mãe e a Terra é a grande mãe que gera e sustenta representantes no Universo rumo ao amor. Somente através do amor que encontramos soluções para viver em paz”.
Em seguida, Regina Gonçalves leu a composição do novo diretório e da nova Executiva Estadual do PV que foram empossados por Belizário. Depois, ocorreu a eleição dos delegados e delegadas para a Convenção Nacional.
O presidente eleito Beto Tricoli citou os atuais desafios como as duas guerras ocorrendo no mundo, e a eleição na Argentina com risco de vitória da extrema direita. Falou de negociação e da importância de candidaturas coletivas.
“O que buscamos é retomar as linhas e diretrizes do PV o mais horizontal possível, além de equilibrar representatividade homem/mulher e faixas etárias. A primeira providência é fazer uma agenda numa dinâmica com intensidade em conversar e compor as secretarias. O mandato coletivo pode ser uma nova proposta para o PV. Quem define o que vai fazer em cada município é o diretório que precisa ter autonomia. Nosso compromisso é construir um bom futuro”, sintetizou Tricoli.
O evento contou com a representação de 35 cidades entre delegados dos diretórios municipais e das comissões municipais. Dentre eles, representantes da Macro Itapecerica/Osasco: Carlos Marx, Raisa Alves, Rosi Cheque, Felipe Freitas, Dorgival Nazaro; de Osasco. Também, Piauilino, de Carapicuiba; Leda Aschermann, de Itapecerica da Serra; Carlos Andrade e Milton Andrade, de Taboão da Serra; Luciane Maria da Silva e Eduardo Nicolau de Souza, de Juquitiba; Sandra Gama, de Embu das Artes; Pedro Querido, de Santana de Parnaiba; e Bidu, de Barueri.
