Para promover a reflexão e o debate sobre os agrotóxicos, o Partido Verde promoveu na tarde deste domingo (21/7), na Avenida Paulista em frente ao MASP, a “Marcha Agrotóxico Mata” com adesão de dezenas de pessoas entre dirigentes e militantes do PV da capital e cidades da região metropolitana, representantes do terceiro setor, ambientalistas, educadores e artistas como o cantor e músico Dorgi, de Osasco.
Munidos de faixas, camisetas e bandeiras os participantes distribuíram panfletos e conversaram com transeuntes destacando a falta de responsabilidade e compromisso do governo federal com a saúde humana e ambiental ao liberar o registro de pesticidas.
“Esta foi uma ação para mostrar à população o descaso do governo federal com a saúde da população. É um protesto contra a liberação desenfreada de agrotóxicos promovida pelo Governo Bolsonaro”, sublinhou Carlos Marx, ambientalista e porta-voz da Bacia 6.
“Entramos com embargo no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender esses perigosos venenos. Mas é pouco. Precisamos que toda sociedade diga ‘não’ porque nos envenenar é um suicídio coletivo. Cada um em sua casa dê preferência aos produtos orgânicos. Cada um em sua mesa faça exigência pela qualidade do alimento. Nós precisamos quebrar economicamente esses produtores insensíveis que enchem de veneno a mesa do brasileiro”, disse José Luiz Penna, presidente nacional do PV.
O governo de Jair Bolsonaro (PSL) vem acelerando a liberação do registro de pesticidas. A liberação de 42 defensivos agrícolas feita pelo Ministério da Agricultura vem preocupando ambientalistas, profissionais de saúde e pesquisadores do setor.
Estão no mercado mais de 200 agrotóxicos. Dos 42 aprovados por Bolsonaro, 23 são considerados altamente ou muito perigosos para o meio ambiente e 18 são extremamente ou altamente tóxicos para a saúde humana.
Entre os produtos liberados há um princípio ativo novo à base de Florpirauxifen-benzil. É o primeiro inédito aprovado em 2019.