Dezenas de pessoas se concentraram na manhã de sexta-feira (14/6), em frente à estação da CPTM, com cartazes e faixas em adesão a greve geral e manifestando repúdio à reforma da Previdência do governo Bolsonaro (PSL), bem como pela Educação e pelo Meio Ambiente. Participaram trabalhadores, estudantes, ativistas dos movimentos Sem Teto, Sem Terra, Cultura Popular. Houve, ainda, caminhada pelo calcadão Antonio Agu.
Segundo Carlos Marx, ambientalista e dirigente do PV Osasco, a greve é relevante porque é contra a reforma da Previdência Social, mas também é uma luta pela defesa da educação pública e contra o desmanche do Ministério do Meio Ambiente.
Na luta contra cortes na Educação desde maio, estudantes, professores e funcionários de universidades e institutos federais também aderiram à Greve Geral.
Defensores do meio ambiente também participam da greve. Reportagem da BBC mostra estudo realizado por universidades estrangeiras, liderados pela ONG Conservação Internacional, que comprova que o Brasil, ao lado dos Estados Unidos, lidera a lista de 73 países que cometem retrocesso ambiental.
O estudo analisou todos os atos governamentais que resultaram em redução de metragem, diminuição de restrições ou extinções de áreas de proteção ambiental em todo o mundo de 1892 a 2018.
Outra denúncia feita pela BBC aponta que 68% das áreas de proteção e indígenas da Amazônia estão ameaçadas para atender projetos de infraestrutura, planos de desenvolvimento econômico e atividades de exploração. O alarmante número é apresentado pelo estudo da Rede Amazônica de Informação Ambiental Georreferenciada (Raisg), sob a coordenação da ONG Instituto Socioambiental.