A Ação pró Vida Animal e Meio Ambiente (Avama) e demais protetores de animais estão realizando diversas ações públicas pedindo justiça pela morte do cachorro Manchinha. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que um segurança da rede de hipermercados Carrefour, em Osasco, agride o animal que faleceu logo após ser resgatado.
O caso aconteceu no dia 28 de novembro e nos vídeos que circulam nas redes sociais é possível ver o segurança correndo atrás do animal com o que parece ser uma barra de alumínio. Depois, o bicho aparece mancando e sangrando na pata esquerda.
Em seguida, um funcionário da Prefeitura de Osasco usa um enforcador para imobilizar o cão e levá-lo. O cachorro chegou a ser socorrido por veterinários do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), mas não resistiu ao ferimento e morreu.
Segundo Jacy Malagoli, fundadora e coordenadora da Avama, o que fizeram com o animal é um crime hediondo e Osasco e o Brasil pedem justiça. Cada vez mais é preciso intensificar as fiscalizações de proteção animal contra os maus-tratos.
Uma versão de atropelamento chegou a ser levantada, mas logo foi contestada por outros funcionários que teriam testemunhado o ocorrido e dito que o animal teria sido agredido a pauladas. O artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (nº 9.605/98) considera crime as práticas de abuso, ferir ou mutilar animais domésticos, silvestres, nativos ou exóticos e que podem render pena de detenção de três meses a um ano, além de multa.
O Partido Verde (PV, 43) repudia qualquer tipo de violência e maus tratos aos animais. O dirigente do PV Osasco, Carlos Marx, lembra que a sigla tem atuado em várias frentes em prol dos animais. Em 2012, o deputado estadual verde Roberto Tripoli, por exemplo, conquistou o primeiro hospital público veterinário, totalmente gratuito, para cães e gatos. E, em 2014, conseguiu que a prefeitura instalasse a segunda unidade.
DESDOBRAMENTOS DO CASO
A rede de supermercados Carrefour e o segurança da loja de Osasco serão processados criminalmente. A ação será movida pela Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo (Acrimesp).
O caso é alvo de um inquérito policial da Delegacia do Meio Ambiente de Osasco e também está sendo apurado pela Subsecretaria Estadual de Defesa Animal. O supermercado será processado por dano moral e a idéia dos protetores é que a empresa seja obrigada a fazer uma doação de R$ 500 mil reais para uma campanha gratuita de castração animal na cidade, através de entidade local.