Partido Verde e Rede Sustentabilidade unidos para eleger Marina e Eduardo Jorge
Partido Verde e Rede Sustentabilidade unidos para eleger Marina e Eduardo Jorge

Partido Verde e Rede Sustentabilidade unidos para eleger Marina e Eduardo Jorge

Eduardo_MarinaO Partido Verde Nacional confirmou o nome do médico sanitarista Eduardo Jorge como candidato a vice na chapa da presidenciável Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, em convenção realizada no sábado (4/8) em Brasília, no Distrito Federal.

Eduardo Jorge foi candidato à Presidência da República em 2014. Já Marina concorre pela terceira vez ao Palácio do Planalto. A candidata ficou em terceiro lugar nos anos de 2010 e 2014.

José Luiz Penna, presidente do PV, criticou as grandes legendas que querem, na avaliação dele, “eleger sempre os mesmos”. Segundo Penna, a aliança entre PV e Rede é “um sinal claro de que a democracia no Brasil não vai aceitar sinais autoritários que estão sendo dados por algumas candidaturas”.

Em discurso na convenção, Marina afirmou que a aliança com o PV é “programática, não pragmática. A aliança é um encontro programático, não é de conveniências, não é de tempo de TV, não é para pagar marqueteiro. É uma aliança para ajudar a transformar o Brasil”, afirmou.

Ela defendeu uma campanha sem mentiras e disse que não vai “destruir” os adversários. “Não vamos fazer “fake news”, não vamos desconstruir biografias, começar a mentir, a destruir a vida das pessoas, em relação a Ciro, a Alckmin, a Bolsonaro, a quem quer que seja”, declarou.Penna

Marina Silva também afirmou que, se eleita, vai propor uma reforma política que acabe com a reeleição. “Mandato de cinco anos a partir de 2022. Eu [se eleita] terei apenas quatro anos. Não queremos um projeto de 20 anos. Foi aí que muitos se perderam”, disse a candidata, referindo-se ao PSDB e PT.
Ele disse que Marina será a candidata “da pacificação do Brasil”. “Uma candidata do porte de Marina tem que dar para o Brasil o sentido da nação. A gente tem hoje? Não tem. O país é a terceira maior democracia do mundo. E aqui são todos contra todos. É uma selvageria”, declarou Eduardo Jorge.

Marina também disse que a chapa dela e de Eduardo Jorge é “a mais preparada” e com “condições de unir o Brasil”. “Temos que acabar com a oposição cega que só vê defeitos. Acabar com a situação cega que só vê virtudes”, afirmou.

Marina Silva lembrou as eleições que disputou e disse que em 2014 o pleito foi uma “guerra sem parâmetros e ética”. “Muitos concorriam ao mecanismo criminoso que assaltou a Petrobras, o Banco do Brasil, o BNDES”.
Propostas PV-Rede

Entre as propostas da coligação PV-Rede estão a intenção de alterar os pontos “draconianos” da nova lei trabalhista, que entrou em vigor no ano passado; controle das constas públicas e “encarar”, principalmente, a reforma da Previdência; recuperar políticas sociais, com compromisso e aperfeiçoamento dos programas Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida; diminuir o desemprego, fazer investimentos em educação, creches e em saúde; combater a corrupção, o foro privilegiado e resgatar a credibilidade para atrair investimentos.

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Trajetória dos candidatos

Eduardo Jorge

Iniciou a militância política em 1968, no extinto Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR). Foi um dos fundadores do PT. Depois de exercer um mandato de deputado estadual, foi eleito para outros quatro mandatos de deputado federal.

Em 1989, assumiu a Secretaria Municipal da Saúde, no governo de Luiza Erundina (SP), cargo que ocupou até abril de 1990. Em 1991, de volta a Câmara Federal, propôs a remoção das marcas comerciais de medicamentos, um avanço para o surgimento dos futuros medicamentos genéricos. O projeto não chegou a ser votado, mas dois anos depois o então ministro da Saúde baixou um decreto viabilizando a criação dos genéricos. Mas foi só em 1999, com nova participação do parlamentar, que os genéricos se tornaram realidade, na gestão de então ministro da Saúde, José Serra.

Em 2001, assumiu a secretário de Saúde da capital paulista, na gestão de Marta Suplicy (SP), ficando até dezembro de 2002, período em que foi um dos principais responsáveis pela regulamentação das leis do SUS (Sistema Único de Saúde) na capital, dobrando o número de médicos para o Saúde da Família, programa cujo objetivo foi dar atenção básica à população por meio de médicos especialistas.

Também é coautor da legislação constitucional sobre Seguridade Social (Saúde, Previdência e Assistência Social) e autor/coautor de leis brasileiras que regulamentam os medicamentos genéricos, o planejamento familiar e a estetização voluntárias, as leis de vinculação de recursos orçamentários para o SUS e de restrição ao uso do amianto, assim como da lei orgânica da Assistência Social. Foi secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente nas administrações dos prefeitos Serra/Kassab, na cidade de São Paulo.

Marina Silva

Tem 60 anos, foi deputada estadual no Acre (1991-1994) e senadora pelo estado por dois mandatos (1995 a 2010). Licenciou-se do Senado de 2003 a 2008, quando ocupou o cargo de ministra do Meio Ambiente nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva. Filiada ao PT desde 1986, deixou a legenda em 2009 para se filiar ao PV, partido pelo qual concorreu à Presidência em 2010, mas não conseguiu chegar ao segundo turno. Em 2014, se candidatou pelo PSB. À época, era vice na chapa encabeçada por Eduardo Campos, mas assumiu a candidatura após a morte do candidato em um acidente aéreo.

 

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